Ao longo de décadas, ocorreram muitas alterações tecnológicas que afetaram o mundo, a família e as relações entre os seus membros
Entre outras coisas, aponta-se que as crianças já não vivem sob a supervisão constante dos pais, mas estão a ganhar liberdade para se desenvolverem, pensarem e formarem opiniões de forma independente. As crianças têm cada vez mais acesso, e cada vez mais jovens, às TIC. Apesar da onda de críticas, ouvem-se vozes sobre a necessidade de relações construídas através das TIC, pelo menos, graças à democratização do acesso à tecnologia reforçada pela ampla difusão de diferentes tipos de ferramentas digitais entre crianças a partir do 1º ciclo do ensino básico. As atitudes dos pais relativamente aos novos media variam entre pessimistas, indiferentes a positivas. Um grupo de pais informados percebe e vive muitas dificuldades, em particular, em situações de controlo e influência parental intencional. Os problemas e dilemas que surgem criam uma atitude crítica perante os novos media, especialmente em situações de falhanço parental. Nos próximos anos, o estilo de utilização de media digitais irá tornar-se mais uniforme entre os jovens e os seus pais. Esta situação está relacionada com a mudança geracional. Ambos os grupos, no entanto, têm de fortalecer os componentes “pessoais” das competências digitais relacionadas com os perigos do ciberespaço O desenvolvimento dos media digitais obriga os pais a realizarem atividades de aprendizagem ao longo da vida. O apoio de outros pais e profissionais e a autoeducação tornam-se particularmente útil na redução dos riscos do mundo digital.
O projeto D.R.E.A.M. dá apoio pedagógico a crianças e pais na utilização segura e legítima das TIC na educação. Os materiais preparados incluem dicas e conselhos específicos para pais de crianças que utilizam ferramentas digitais. Muitas vezes, a falta de competências parentais adequadas, uma má relação entre a criança e os pais e a ocorrência de situações problemáticas coexistem com os perigos do mundo digital. Como tal, deve ter-se o cuidado especial de fortalecer a segurança digital de crianças e jovens de famílias caracterizadas por uma educação ineficiente.